Atualmente, qualquer anormalidade na frequência, duração, volume e/ou regularidade do fluxo menstrual é definida como sangramento uterino anormal (SUA).
Esse distúrbio é comum na população feminina, especialmente durante o período reprodutivo, e está intimamente relacionado a prejuízos na qualidade de vida das pacientes, afetando aspectos emocionais, físicos, sexuais e até econômicos.
As causas do SUA são variadas, e a classificação dessas condições segue o sistema PALM-COEIN, que orienta o diagnóstico com base em fatores estruturais e não estruturais associados às alterações menstruais.
Causas estruturais:
Pólipos: projeções do endométrio compostas por tecido fibroso, canais vasculares e espaços glandulares. Geralmente benignos, seu principal sintoma é o sangramento anormal;
Adenomiose: presença de glândulas e estroma endometriais no miométrio, podendo causar diversos sintomas, incluindo sangramento uterino;
Leiomiomas: tumores benignos do músculo liso uterino. Comuns em mulheres em idade reprodutiva, seus sintomas variam de acordo com a gravidade;
Condições malignas: tumores no endométrio, vagina e colo do útero também podem causar sangramento.
Causas não estruturais:
Alterações ovulatórias: exemplos incluem a Síndrome do Ovário Policístico (SOP), que é uma das principais causas de SUA não estrutural em mulheres em idade reprodutiva;
Distúrbios de coagulação: afetam a regulação do ciclo menstrual;
Iatrogenias e doenças sistêmicas: algumas medicações e condições sistêmicas também podem contribuir para o sangramento disfuncional.
Importância do diagnóstico precoce:
Devido ao impacto negativo do SUA na vida das pacientes, é fundamental buscar uma avaliação ginecológica precoce para estabelecer o diagnóstico correto e iniciar o tratamento adequado.